Navegando

Red List

Boa noite, navegante. Que os ventos lhe sejam benevolentes (é o que lhe desejo, influenciada pelos ventos frios de hoje).

E para dar continuidade às postagens do calendário oceanográfico, seguindo o tópico da semana, a Década dos Oceanos, trago uma referência bastante útil: a Red List, da IUCN (International Union for Conservation of Nature). Essa lista foi estabelecida em 1964 e classifica as espécies de acordo com nove categorias, desde as espécies acerca das quais não há dados disponíveis, até aquelas que estão completamente extintas (tanto na natureza quanto em cativeiro).

Em tempos de pandemia, penso que muitos de nós acabaram deixando de lado certas preocupações, tais como o estado da biodiversidade global ou as ameaças climáticas. Compreensível, já que estamos lidando cotidianamente, nos últimos tempos, com questões práticas (qual a máscara que melhor protege, não esquecer o álcool gel, sair ou não sair, como sair com segurança – quando não há opção etc.), bem como com questões extremamente delicadas (isolamento, transtornos mentais, luto). Entretanto, ainda que possa parecer demais, não podemos deixar de colocar em discussão nosso papel frente à conservação da biodiversidade de nosso planeta.

Agora há pouco publiquei no Instagram um post que traz alguns exemplos de espécies marinhas que estão criticamente ameaçadas de extinção. São apenas algumas dentre as mais de 37 mil espécies animais e vegetais ameaçadas em algum nível. Confesso que esse tipo de informação costumava (ainda um pouco) me deixar pra baixo, sem muita esperança de que a espécie humana pudesse vir a mudar o rumo dessa triste realidade. Ultimamente, contudo, tenho tentado encontrar formas de ser mais otimista, focando nos pequenos passos – que seja -, naquilo que eu, que você, que nós, não tomadores de decisão, podemos fazer. Além dos cinco passos que listei no post, eu acrescentaria aqui o voto consciente. Já disse isso outras vezes e continuarei repetindo: precisamos votar com consciência, escolher representantes políticos que tenham ciência de seu papel frente à conservação da natureza, que respeitem a vida do outro, dos outros, das demais espécies, que não coloquem interesses de oligarquias acima dos interesses de todos.

Enfim, navegante, não podemos nos esquecer de que seguimos vivendo neste planeta, de que somos parte dele, parte do problema e, definitivamente, parte da solução.

Um grande abraço e excelentes navegações.

Rô.

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